quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Mulheres e o Jiu Jitsu

Foi-se o tempo em que as mulheres praticavam apenas esportes delicados. Mas isso é passado. Hoje, elas mostraram que podem se igualar aos homens e romperam as barreiras do preconceito no esporte. Trocaram as sapatilhas e o collant por um quimono e em vez de dança deram lugar aos treinos intensos com golpes no tatame que aliam força, resistência e respiração. A maioria está procurando as academias para aprender técnicas que ajudam na defesa pessoal. Mesmo assim, não perderam a feminilidade e ganharam até a admiração de muitos homens pela iniciativa. Nada de sexo frágil ou medo de enfrentar novos desafios. Fato comprovado é que as mulheres estão se projetando em um campo até então dominado pelos homens, ou seja, as artes marciais. Uma, duas, três e aos poucos, elas são muitas. Adolescentes, adultas, não importa, pois as mulheres já podem se considerar verdadeiras guerreiras. E com apenas 13 anos de idade, Grazielly Vasconcelos é um exemplo de garra e chegou até a participar de competição. Há seis meses praticando jiu-jítsu, assim ela define a modalidade: “Não é arte de força. É técnica”, frisa. Nesse pouco tempo, ela disse que aprendeu com o esporte a ter mais respeito na vida, a ser mais organizada e disciplinada. Mas deixa claro que enquanto alguns consideram o jiu-jítsu como esporte violento, para ela ajudou a ter mais qualidade de vida. Estudante universitária do curso de Medicina Veterinária, Dayane Miranda, 22 anos, revela que sempre teve interesse por artes marciais e por isso treina há nove meses. Mas lamenta que ainda é pequeno o número de mulheres que praticam o jiu-jítsu. “Vejo que falta também mais divulgação sobre o esporte e desmistificar a idéia de que mulher é sexo frágil e que jiu-jítsu seja violento”, observa. Ao participar de sua primeira competição, Dayane lembra que procurou colocar em prática o que aprendeu com seu treinador, suas dicas e tenta vencer sua adversária. Como conselho para outras mulheres, a estudante indica o jiu-jítsu porque faz bem ao corpo, ajuda a perder peso e proporciona uma interação maior com outras pessoas. “Meu namorado também faz jiu-jítsu, me incentivou e temos uma sintonia legal por gostarmos do mesmo esporte. Aprendemos um com o outro”. Thatiana Maranhão, 20 anos, estudante de Educação Física e Enfermagem, também foi incentivada pelo namorado, Igor Monteiro. Ele é professor de jiu-jítsu e dá aulas para ela e mais três garotas três vezes por semana. “Sempre tive vontade de aprender essa modalidade e estou praticando há um ano”, conta, acrescentando que já participou de um campeonato e foi campeã. Ela condena o preconceito existente de que somente homens podem praticar jiu-jítsu e defende também uma maior divulgação do esporte no Piauí. Só assim as mulheres podem deixar de lado o medo e aderir a essa modalidade que só faz bem ao corpo. E Thatiana revela os benefícios alcançados com o jiu-jítsu. Além de aprender a ser mais disciplinada e socializada, o esporte lhe proporcionou aumentar a massa corporal e muscular. Antes de praticar, ela pesava 49 quilos e hoje seu peso chega a 52. Contente com o resultado, ela confessa que faz jiu-jítsu como hobby e mesmo com os hematomas no corpo que são comuns com quem treina intenso, faz questão de afirmar que isso pode acontecer com qualquer esporte.



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